Consenso Atual sobre Cirurgia de Implantes Zigomáticos e as Perspectivas Futuras

Os implantes zigomáticos surgiram como uma alternativa de tratamento para pacientes com reabsorção severa do maxilar superior, proporcionando uma solução que dispensa a necessidade de enxertos ósseos complexos. Desde sua concepção por Branemark nos anos 1980, as técnicas de implantes zigomáticos evoluíram consideravelmente, tanto em termos de precisão quanto de praticidade. Neste artigo, discutiremos o estado atual da técnica, os avanços na tecnologia de navegação cirúrgica e robótica, além das promessas e desafios futuros da área. Está preparado?

O que são Implantes Zigomáticos?

Os implantes zigomáticos são parafusos longos fixados ao osso zigomático (maçã do rosto), que atuam como âncoras para próteses dentárias em pacientes com perda óssea significativa no maxilar superior. A técnica é especialmente indicada para aqueles que apresentam atrofia severa ou necessitam de reconstrução após tratamentos de câncer maxilofacial. Este procedimento tem se mostrado eficaz na reabilitação funcional e estética dos pacientes, permitindo uma recuperação mais rápida e reduzindo a necessidade de intervenções adicionais (Fernández et al., 2014).

Evolução das Técnicas Cirúrgicas

A evolução das técnicas de implante zigomático trouxe maior variedade de opções cirúrgicas, permitindo personalização de acordo com a anatomia e as necessidades do paciente. As principais abordagens incluem a técnica clássica de Branemark, técnicas extramaxilares (em que o implante é fixado externamente ao seio maxilar), e o uso de sistemas de navegação computacional para guiar o implante com precisão (Chrcanovic et al., 2013).

1. Técnica Extramaxilar: Esta técnica é preferida para casos em que o paciente apresenta uma concavidade severa na região do maxilar. A vantagem desta abordagem é que ela reduz a quantidade de etapas cirúrgicas e o tempo de cirurgia, diminuindo o desconforto do paciente (Maló et al., 2015).

2. Técnicas Assistidas por Computador: O uso de navegação cirúrgica assistida por computador tem aumentado, especialmente em casos complexos, pois melhora a precisão no posicionamento dos implantes. Estudos indicam que essa tecnologia reduz os riscos de complicações intraoperatórias e pós-operatórias (Ramezanzade et al., 2020).

3. Cirurgia Guiada por Modelos Estereolitográficos: Nesta técnica, são utilizados modelos 3D e guias cirúrgicos personalizados, fabricados de acordo com a anatomia específica do paciente, permitindo um procedimento minimamente invasivo e preciso (Schiroli et al., 2011).

Avanços Tecnológicos e a Utilização de Robôs na Cirurgia de Implantes Zigomáticos

A tecnologia de navegação cirúrgica em tempo real e a introdução de sistemas robóticos têm ampliado as possibilidades de precisão e segurança nos implantes zigomáticos. Em um estudo recente, um sistema robótico foi utilizado para posicionar o implante de forma precisa com auxílio de monitoramento ótico. O uso de robôs na cirurgia pode aumentar a exatidão do procedimento, permitindo ângulos de inserção mais complexos e uma menor margem de erro (Cao et al., 2019).

Além disso, a análise tridimensional da anatomia do paciente através de tomografias e modelagem 3D contribui para a criação de guias cirúrgicos mais precisos, o que ajuda a reduzir as complicações e otimizar o posicionamento do implante. A “morfologia funcional 3D” é uma metodologia desenvolvida para avaliar não só a estrutura óssea, mas também a interação dinâmica dos tecidos moles do rosto, o que melhora a adaptação das próteses após a cirurgia (Fernández-Olarte et al., 2020).

Complicações e Taxa de Sobrevivência dos Implantes Zigomáticos

Estudos mostram que os implantes zigomáticos têm uma alta taxa de sobrevivência, com percentuais variando entre 82% e 100%, dependendo da técnica e do acompanhamento dos pacientes (Gil et al., 2007).

 No entanto, complicações como sinusite, comunicação oroantral e parestesia ainda são relatadas, especialmente em pacientes submetidos à técnica intrassinusal (IZI). A técnica extrassinusal (EZI) parece reduzir a incidência dessas complicações (o implante passa por fora do seio maxilar, e não por dentro).(Moraschini et al., 2022).

Outros fatores que podem impactar o sucesso dos implantes incluem a condição do paciente, como histórico de câncer e tratamento com radioterapia, que podem aumentar a chance de falha do implante. Ainda assim, em casos de pacientes oncológicos, o implante zigomático é visto como uma opção viável e eficaz para melhorar a qualidade de vida através da reabilitação funcional e estética (Hackett et al., 2020).

Promessas Futuras e Áreas de Pesquisa

1. Avanço na Personalização dos Implantes: Através da impressão 3D e da robótica, espera-se um aumento na personalização dos implantes para atender a necessidades específicas dos pacientes. Isso inclui implantes com design customizado para uma melhor integração óssea e funcionalidade.

2. Uso Ampliado de Robôs e Navegação Computacional: A utilização de robôs para auxiliar na precisão da inserção dos implantes é uma tendência em ascensão. Estudos iniciais demonstraram que o uso de robôs pode melhorar a precisão e reduzir o tempo de recuperação do paciente. Este avanço, no entanto, ainda é limitado a centros com alto investimento tecnológico (Cao et al., 2019)

3. Aprimoramento das Técnicas de Diagnóstico e Planejamento: O planejamento assistido por imagem, incluindo a análise morfofuncional 3D e a tomografia computadorizada, permite uma visão detalhada da estrutura óssea do paciente, garantindo um planejamento mais preciso e resultados superiores.

4. Novas Abordagens para a Redução de Complicações: Há um foco crescente em evitar complicações associadas ao uso de implantes zigomáticos, como infecções no seio maxilar e parestesia. Técnicas mais recentes como a extrassinusal e a utilização de guias estereolitográficos estão entre as abordagens que buscam minimizar esses riscos (Esposito et al., 2013)

Conclusão

A cirurgia de implantes zigomáticos representa um campo em expansão e oferece uma alternativa eficaz para a reabilitação de pacientes com atrofia maxilar severa, especialmente aqueles que necessitam de soluções robustas e duradouras. Com a incorporação de avanços como navegação cirúrgica, cirurgias robóticas e sedação endovenosa os pacientes podem hoje se sentir mais seguros e tranquilos.

Além disso, o Dr. Daniel adota uma filosofia que une odontologia moderna com atenção aos detalhes, proporcionando uma experiência que vai além de um tratamento clínico. Cada etapa do processo é pensada para atender às expectativas e superar os receios, trazendo resultados duradouros e satisfatórios que valorizam o sorriso e a qualidade de vida dos pacientes.

Optar por um implante dentário zigomático é uma decisão importante, e a escolha do profissional faz toda a diferença para garantir segurança, precisão e conforto. Com o Dr. Daniel Coutinho, você experimenta um tratamento odontológico fora do comum, onde o paciente é o centro de toda a atenção, recebendo um atendimento cuidadoso e um resultado de excelência.

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