Entre sorrisos e prioridades: o paradoxo da cultura potiguar e brasileira em relação à odontologia

No Brasil, somos criados em uma cultura onde o carro é quase um altar da casa, o centro das atenções. Nas mesas de bar, a conversa sobre qual modelo comprar é mais calorosa do que qualquer debate sobre saúde. Festas, viagens, gadgets — essas coisas brilham no imaginário coletivo, enquanto questões fundamentais, como a saúde bucal, ficam no canto escuro da prioridade.

No Rio Grande do Norte, terra potiguar que carrega o calor humano e um DNA de resiliência, essa cultura encontra um retrato ainda mais nítido. A valorização da aparência muitas vezes se dissocia da verdadeira essência do bem-estar. Um sorriso saudável, que deveria ser símbolo de cuidado, é trocado pela fachada de um carro financiado.

Pessoas discutem sobre pessoas. Sobre o que os outros deveriam ter feito ou deixado de fazer. Discutem atitudes e os julgamentos são o X da questão de quase todas as rodas. Faça um exercício. Adentre algum café ou restaurante, sente ao lado de mesas com um punhado de gente, de preferência em algum turno da tarde, onde haja uma probabilidade enorme de que essas pessoas sejam colegas da mesma empresa. Escute, de relance qual o assunto em questão, apenas por curiosidade. Se não for sobre alguém que não estiver presente, ou sobre carros, mudo meu nome para Clodovil.

O problema não é só econômico; é cultural.

A história que não contamos

Crescemos ouvindo que o carro é o passaporte para a liberdade. Que festas são o que dá sentido à vida. Que um celular de última geração é status. Mas quem conta a história do sorriso que salvou uma carreira? Da saúde bucal que evitou uma infecção generalizada?

Poucos sabem, mas no Brasil, estudos apontam que cerca de 39% da população acima de 60 anos já perdeu todos os dentes. Enquanto isso, números impressionantes do mercado automotivo mostram que mais de 15% das famílias possuem dois ou mais carros na garagem. As prioridades nunca estiveram tão evidentes.

No entanto, a questão não é simplesmente sobre dinheiro. É sobre valores. Sobre como priorizamos o imediato e o visível, ignorando aquilo que está literalmente na nossa boca, invisível aos olhos, mas vital para a saúde e a autoestima.

Por trás das crenças, a desvalorização do especialista

Há uma crença enraizada que diz: “Dentista é caro.” Como se o custo de um procedimento fosse apenas uma questão de tabela, e não o reflexo de décadas de estudo e investimento pessoal.

O cirurgião-dentista que se especializa em implantes dentários — e ainda mais em técnicas avançadas como implantes zigomáticos — não está apenas praticando um ofício. Ele está navegando por anos de aprendizado, noites sem dormir, estágios em laboratórios e clínicas. Ele estuda, aperfeiçoa-se, e carrega a responsabilidade de devolver às pessoas não só seus sorrisos, mas também sua dignidade.

E o que ele encontra? Um sistema que minimiza o valor de sua especialização. Pacientes que, muitas vezes, entram no consultório questionando o preço antes mesmo de entender o tratamento. Aliás, antes mesmo de sequer agendar a consulta.

Talvez, a frase mais triste em uma avaliação inicial, assim que o paciente senta em minha frente seja: “Dr., é porque eu estou pesquisando”. A-ham… Como se um tratamento dentário fosse o mesmo que comprar um par de óculos. Será?

No Rio Grande do Norte, terra onde os ventos e a história se encontram, a situação é ainda mais delicada. Por sermos um estado periférico na percepção do Brasil, nossos profissionais precisam lutar o dobro para serem reconhecidos. Não é raro ouvir: “Ah, mas no Sul é mais barato” — como se o trabalho de um cirurgião-dentista potiguar fosse menos qualificado por conta da geografia.

A visão invertida sobre investimento

Enquanto uma viagem para um festival pode custar R$ 15.000 e ser parcelada em suaves prestações, muitos torcem o nariz para um tratamento odontológico que pode ser financiado nas mesmas condições. É uma inversão de valores. É a falta de percepção de que saúde bucal é um investimento de longo prazo, enquanto as futilidades são prazeres fugazes.

Há, também, uma questão de imediatismo. Queremos resultados agora. Um carro na garagem é algo tangível. Uma festa é um prazer imediato. Já a odontologia, com suas consultas, retornos e planos de tratamento, exige paciência. Exige a compreensão de que um sorriso perfeito não é só estético; é funcional, é saúde, é vida.

Não raro vejo pacientes bufando nas consultas e, olha, mesmo depois de terem acabado de investir um bom dinheiro. Não raro vejo também eles na primeira sessão questionando quando é que irá acabar o tratamento. A desculpa sempre é uma viagem que irão fazer. Óbvio que essa viagem só aparece depois que começaram a tratar, mesmo sendo para fora do País. E sempre tento imaginar porque, cargas d’água, o tratamento deverá estar atrelado ao prazo das viagens das pessoas. Visto que, boa parte das vezes, elas viajarão por uma semana ou por uns 10 dias. (Não dê uma risadinha aqui, caso você já tenha feito o mesmo).

O peso cultural: um reflexo de quem somos

A cultura potiguar é rica, vibrante e profundamente conectada às raízes. No entanto, há nela — assim como na cultura brasileira de modo geral — uma visão romantizada do sofrimento. O “depois a gente resolve” é um mantra. A dor de dente é adiada com analgésicos, até se tornar insuportável.

Ao mesmo tempo, o cirurgião-dentista é visto como um “resolutor de problemas”, e não como um parceiro de saúde. É como se o papel do profissional fosse apagar incêndios, e não construir pontes para uma vida mais saudável.

Isso reflete não só uma questão de valores, mas também uma falta de educação preventiva. Nas escolas, aprendemos sobre matemática e história, mas quantas aulas nos ensinaram sobre higiene bucal? Quantas vezes fomos incentivados a cuidar do nosso sorriso com a mesma dedicação que temos com nossos carros?

Uma chamada à valorização

O cirurgião-dentista potiguar que se especializa em técnicas complexas, como implantes zigomáticos, não é apenas um técnico. Ele é um visionário. Alguém que transforma o impossível em realidade. Que enfrenta desafios biológicos, anatômicos e emocionais para entregar resultados que impactam vidas.

Esse profissional estudou, investiu em sua formação, e muitas vezes precisou viajar para fora do estado — ou até mesmo do país — para aprender com os melhores. Ele volta para sua terra trazendo conhecimento de ponta, mas encontra uma barreira cultural que insiste em minimizar sua contribuição.

Mas a mudança começa com consciência. Com cada potiguar que escolhe valorizar sua saúde. Que entende que o sorriso é mais do que estética; é funcionalidade, é bem-estar, é qualidade de vida.

O futuro que podemos construir

Imagine um cenário onde a cultura potiguar se transforma. Onde a saúde bucal deixa de ser uma prioridade secundária e passa a ocupar o lugar de destaque que merece. Onde as crianças aprendem na escola não só a escovar os dentes, mas também a importância de visitar o dentista regularmente.

Imagine um futuro onde o cirurgião-dentista potiguar é reconhecido pelo seu valor, não apenas pelo preço de seus serviços. Onde cada consulta é vista como um investimento em saúde, e não como uma despesa.

Para isso, precisamos de um movimento coletivo. De profissionais que continuem educando seus pacientes. De uma população que aprenda a olhar para além do imediato e priorizar o que realmente importa. Uma contra cultura.

Conclusão: a mudança está em nossas mãos

O sorriso é um reflexo de quem somos. É a porta de entrada para nossas emoções, nossa confiança e nossa saúde. Desvalorizá-lo é desvalorizar a nós mesmos.

Cabe a cada um de nós, como potiguares e brasileiros, mudar essa narrativa. Priorizar o que realmente importa. E reconhecer que, entre festas, viagens e carros, o verdadeiro luxo é ter saúde para aproveitar tudo isso com qualidade.

O cirurgião-dentista potiguar não é só um profissional; ele é um guardião de histórias, de vidas e de sorrisos. E, como toda grande história, ele merece ser valorizado.

Agora o próximo passo é o mais importante: comece por aqui, agendando sua avaliação com o Dr. Daniel Coutinho. Temos a mais absoluta certeza que iniciará com o pé direito e sem arrependimentos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *