
Quando se fala em implantes dentários, a sala ecoa com silêncios tensos, sorrisos forçados e olhares ansiosos. Os pacientes chegam carregando não só dentes ausentes, mas também bagagens pesadas de mitos, expectativas e, acima de tudo, medo. O medo do desconhecido. O medo da dor. O medo de descobrir que aquilo que ouviram de um vizinho ou leram num fórum online era mentira.
Este texto é uma viagem pela verdade, onde desvendamos os véus que encobrem a implantodontia. Não é só ciência, nem só opinião: é filosofia aplicada à realidade do consultório.
Primeiro Mito: “Implantes Dentários São Sempre Dolorosos”
A dor é um fantasma que todos temem encontrar, mas poucos entendem. Platão diria que a dor é como a sombra na caverna: uma projeção do medo, que raramente reflete a realidade.
Nosso trabalho, como cirurgiões dentistas, não é apenas colocar parafusos em ossos. É confrontar o paciente com a verdade: “Você sente dor porque tem medo, não porque o procedimento em si seja um martírio.” Técnicas modernas, anestesias precisas e sedação consciente transformaram o que antes era traumático em algo incrivelmente suportável. O real desconforto é psicológico — é a dúvida, a incerteza.
Quando um paciente me pergunta: “Vai doer?”, respondo com clareza:
“A dor não é sua inimiga. Ela será controlada. Confie no processo, porque o medo, esse sim, é traiçoeiro.”
Segundo Mito: “Implantes Zigomáticos São Só para Casos Extremos”
Você já ouviu falar que “implantes zigomáticos são o último recurso”, como se fosse uma espécie de sentença final, uma espécie de cirurgia que só se faz quando não há mais nada a fazer?
Deixe-me ser brutalmente honesto: este mito nasceu da ignorância. Implantes zigomáticos não são o último recurso, mas sim uma obra-prima da ciência odontológica. Quando usados corretamente, são um atalho brilhante para pacientes com perda óssea severa.
Na visão de Platão, a ignorância é a maior barreira para a virtude. Então, aqui vai a verdade: zigomáticos são a escolha racional e lógica para evitar enxertos ósseos demorados e complexos. São uma solução, não um desespero.
Imagine uma mulher de 62 anos, avessa a cirurgias invasivas, mas desesperada por recuperar a capacidade de sorrir e mastigar. O zigomático não é seu plano B. É sua libertação.
Terceiro Mito: “Qualquer Dentista Faz um Bom Implante”
Este é o mito mais perigoso, e é aqui que a retórica filosófica precisa se sobrepor à propaganda barata. Imagine um piloto de avião que estudou apenas o básico: você confiaria sua vida a ele?
Entre os anos 2000 e 2005 deram duas Ferrari idênticas aos pilotos Michael Schumacher e Rubens Barrichello. Pergunto: o que cada um trouxe de resultados com a sua Ferrari?
Agora, pense no implante dentário. Não é apenas um pedaço de titânio. É uma extensão do corpo humano. O osso precisa abraçar esse material como se fosse seu. Uma prótese mal ajustada pode causar mais problemas do que dentes perdidos.
A verdade, dolorosa mas necessária, é que experiência e “mão” contam. Técnicas avançadas contam. E principalmente, o compromisso do dentista em fazer o que é certo, e não o que é mais rápido ou lucrativo, faz toda a diferença. O paciente, muitas vezes, nem percebe quando escolhe errado. A tragédia é só percebida meses depois, quando os problemas começam a aparecer.
Como diria Sócrates: “Cuidado com a opinião, porque ela não reflete a verdade.”
Como diria um sábio Chinês: Opinião é igual a bunda. Cada um tem a sua.
Quarto Mito: “Implantes Dentários São Eternos”
Nada humano é eterno. Não nossos dentes naturais, nem nossos cabelos, e muito menos os implantes dentários. Eles são incrivelmente duradouros, mas sua vida útil depende de algo que ninguém quer ouvir: manutenção e cuidado. Isso mesmo, pequeno gafanhoto. Como tudo na vida.
Se você, leitor, acha que poderá comer doces, fumar e ignorar visitas ao dentista, saiba que está cavando a cova do seu próprio implante. Ele vai falhar, não porque foi mal colocado, mas porque você não cuidou dele. Porque você não deu ouvidos quando o Dr Daniel recomendou comprar um irrigador oral para higienizar abaixo da prótese sobre eles.
Os implantes são como uma planta rara: fortes por fora, mas dependentes de um ecossistema saudável ao redor. O que você faz fora do consultório é tão importante quanto o que acontece na cadeira do dentista. Não ignore isso.
Trate isso com desprezo e tenha que sobreviver com consequências desastrosas.
Quinto Mito: “É Muito Caro, Prefiro Ficar Sem”
O custo de um implante pode assustar, mas Platão nos ensinou a não olhar para o preço imediato, e sim para o benefício duradouro. Pense no custo de não colocar o implante:
- Mastigação prejudicada.
- Dores articulares crônicas.
- Perda progressiva de autoestima.
- Problemas gástricos devido à má digestão.
O barato, nesse caso, sai muito caro. A realidade é que um bom tratamento odontológico é um investimento que paga dividendos emocionais e funcionais por décadas.
Se o custo parece alto, considere isso: quanto vale o seu sorriso? Quanto vale sua qualidade de vida?
Prefiro acreditar que ela não tem preço. Mesmo que isso não seja desculpa para cobre preços exorbitantes, até porque, exorbitante para alguns pode parecer justo para outros. Mas o valor é o que cada um sente. Ele é individual, como a sua impressão digital. Mas, o que muitos consideram como “caro” poderá ser reflexo de uma “incapacidade de pagamento” e não, efetivamente, uma percepção de valor baixa.
Não se esqueça: preço é o que você paga.
Mas, valor é o que você leva. E isso não se precifica.
Por Que os Mitos Persistem?
Eles persistem porque é mais fácil acreditar neles do que buscar a verdade. Vivemos num mundo onde o Google parece saber mais do que especialistas, onde vizinhos “entendidos” têm mais autoridade do que 20 anos de experiência clínica.
Mas a verdade, meu caro leitor, não está nos fóruns nem nos boatos. Está no consultório. Está na conversa honesta entre paciente e dentista. Está no conhecimento técnico aliado à prática. Veja a publicação anterior onde entitulei: Alhos com Bugalhos na Odontologia. Sei que irá apreciar.
Conclusão: Abraçando a Luz Fora da Caverna
Platão descreveu em sua alegoria da caverna pessoas presas às sombras, incapazes de enxergar o que está além. Você, leitor, é como aquele prisioneiro. Foi alimentado com histórias parciais, boatos e medos. Mas agora você tem a chance de sair da caverna, de ver a luz, de encarar a verdade sobre implantes dentários.
Você pode optar por permanecer na sombra ou pode abraçar a luz do conhecimento. A escolha é sua, mas saiba que, aqui, a verdade está sempre ao alcance, esperando ser ouvida. E mais importante: sua saúde e seu sorriso agradecem pela coragem de encarar a realidade.
Não se esqueça: a mudança em sua vida através da implantodontia com o Dr Daniel Coutinho, começa aqui.